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MEI deixa o home office e aposta no atendimento direto ao cliente

  • Foto do escritor: contabilizameibr
    contabilizameibr
  • 3 de out.
  • 3 min de leitura

Em 10 anos, caiu de 53% para 36% o número de microempreendedores que trabalham em casa, segundo o Sebrae

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Nos últimos anos, o perfil de trabalho do Microempreendedor Individual (MEI) mudou de forma significativa. Se antes a residência era o espaço preferido para iniciar as atividades, hoje muitos empreendedores estão cada vez mais próximos de seus clientes, atuando fora de casa.


De acordo com a segunda edição do Atlas dos Pequenos Negócios, divulgado pelo Sebrae, em 2012 cerca de 43% dos MEIs trabalhavam em sua residência. Esse número chegou a 53% em 2015, mas em 2024 recuou para apenas 36%. O dado revela uma tendência: o atendimento presencial no cliente ou em locais externos vem ganhando cada vez mais espaço.


O estudo mostra ainda que, em 2015, apenas 12% dos microempreendedores declaravam atuar na casa ou empresa do cliente. Já em 2025, esse percentual subiu para 18%. Ou seja, mais MEIs estão deixando o conforto do lar para buscar oportunidades onde seus clientes estão, reforçando a importância da proximidade no relacionamento comercial.


Outro ponto do levantamento chama atenção: a atuação em estabelecimentos comerciais se manteve praticamente estável ao longo da última década, registrando 27% em 2024. Isso mostra que, para muitos MEIs, a abertura de um espaço físico dedicado continua sendo uma escolha estratégica, embora não seja a mais comum.


Quando comparados às microempresas e empresas de pequeno porte (MPE), a diferença é clara. Enquanto apenas 36% dos MEIs trabalham em casa, entre as MPEs esse número é ainda menor: 14%. Para esse grupo, o modelo mais consolidado é o estabelecimento comercial, que concentra 76% das operações.


A mudança também fica evidente em outra comparação. Entre 2017 e 2024, a quantidade de micro e pequenas empresas que funcionam em casa caiu de 21% para 14%, enquanto o uso de estabelecimentos comerciais subiu levemente de 75% para 76%. Ou seja, cada vez mais o ponto físico é valorizado pelas empresas em geral.


Mas não é só o Sebrae que vem analisando os impactos do local de trabalho. Uma pesquisa realizada pelo Insper, em parceria com a Robert Half, trouxe um alerta para as empresas que oferecem modelos híbridos ou remotos: a redução da flexibilidade pode afetar diretamente a retenção de talentos.


Segundo o estudo, 77% dos profissionais que trabalham 100% remotamente sairiam de suas empresas caso houvesse redução no regime de home office. Até mesmo quem já atua em formato híbrido expressa forte desejo de manter a flexibilidade: 96% querem permanecer nesse modelo. Entre os que estão no presencial, mais da metade gostaria de trabalhar remotamente ao menos um dia na semana.


Apesar dessa demanda, os dados indicam que a intensidade do teletrabalho tem se mantido estável desde 2023. Hoje, a média nacional é de 2,32 dias de atuação remota por semana, e 71% dos profissionais têm pelo menos um dia fora do escritório. Ainda assim, existem variações importantes entre setores: a área de TI lidera em flexibilidade, com média de 3,67 dias, enquanto a indústria é a que mais exige presença física, com 1,53 dias semanais.


Por fim, a pesquisa mostrou que até a posição hierárquica influencia na prática do trabalho remoto. Colaboradores individuais e líderes de equipe atuam, em média, um dia a mais em home office do que os executivos de cargos mais altos.


Esses dados reforçam que a forma de trabalhar está em constante transformação. Para o MEI, acompanhar essas mudanças significa estar atento às necessidades do cliente, ao equilíbrio entre custos e conveniência, e à busca por modelos que tragam mais competitividade e crescimento sustentável para o negócio.

 
 
 

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