MEIs, micro e pequenas empresas devem consultar o Domicílio Judicial Eletrônico para comunicações oficiais
- contabilizameibr
- 9 de fev.
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Nos últimos anos, a digitalização dos serviços públicos tem transformado a forma como empresas e cidadãos se relacionam com órgãos governamentais. Uma das mais recentes inovações nesse sentido é a inclusão dos microempreendedores individuais (MEIs) e das micro e pequenas empresas no Domicílio Judicial Eletrônico (DJe). A partir de agora, essas empresas receberão citações e intimações judiciais diretamente pela plataforma, garantindo mais agilidade e segurança nas comunicações oficiais.
A adesão ao DJe é uma medida do Programa Justiça 4.0, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) voltada para a modernização do Judiciário. Desde o dia 31 de janeiro de 2025, os tribunais passaram a encaminhar notificações e demais comunicações processuais por meio da ferramenta, eliminando a necessidade de correspondências físicas e otimizando os prazos processuais.
O cadastramento das empresas foi realizado de forma compulsória pelo CNJ, abrangendo mais de 20 milhões de CNPJs em todo o país. Com isso, empresas de todos os portes devem ficar atentas às notificações recebidas pelo sistema, uma vez que as intimações judiciais passam a ter validade legal a partir do momento da disponibilização na plataforma.
Para verificar se sua empresa já está cadastrada no DJe, o processo é simples: basta acessar o site oficial do Domicílio Judicial Eletrônico e fazer login utilizando a opção gov.br com o certificado digital e-CNPJ. Ao entrar no sistema, os empresários podem conferir se há novas comunicações judiciais e atualizar seus dados cadastrais, garantindo que todas as informações estejam corretas.
Uma das principais vantagens do DJe é a centralização das intimações e citações judiciais em um único ambiente digital. Antes, as empresas dependiam de correspondências físicas ou notificações publicadas em diários oficiais, o que poderia gerar atrasos e perdas de prazos. Agora, com a digitalização desse processo, a comunicação com o Judiciário se torna mais rápida e acessível.
Contudo, é fundamental que os empresários consultem regularmente a plataforma para evitar a perda de prazos importantes. Como as comunicações enviadas pelo DJe têm a mesma validade legal que uma notificação física, a ausência de consulta pode resultar em prejuízos jurídicos e financeiros para a empresa.
O Domicílio Judicial Eletrônico foi desenvolvido como uma solução gratuita e acessível, eliminando barreiras burocráticas e trazendo mais eficiência para os trâmites judiciais. Segundo Adriano da Silva, juiz auxiliar da Presidência do CNJ e coordenador do projeto, essa ferramenta representa um avanço significativo para a Justiça brasileira, tornando as comunicações mais eficazes e seguras para todos os envolvidos.
Outro ponto importante é que a adesão ao DJe não se restringe apenas às empresas. Cidadãos comuns também podem utilizar a plataforma para receber notificações judiciais, facilitando o acompanhamento de processos sem a necessidade de deslocamentos físicos aos tribunais.
Com essa inovação, o Judiciário reforça seu compromisso com a modernização dos serviços e com a acessibilidade, garantindo que empresas de todos os tamanhos tenham um canal confiável para receber intimações e citações. Para os microempreendedores individuais e pequenas empresas, que muitas vezes não contam com equipes jurídicas internas, a ferramenta se torna essencial para evitar complicações legais.
Diante dessa mudança, é imprescindível que os empresários se habituem a acessar regularmente o DJe e acompanhem as notificações recebidas. Essa simples prática pode evitar problemas futuros e garantir que a empresa esteja sempre em conformidade com suas obrigações legais.
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