Quase 70% dos empreendedores brasileiros ganham até 2 salários-mínimos
- contabilizameibr
- 12 de ago.
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Pesquisa do Sebrae revela perfil dos donos de negócios no país e mostra que qualificação é a chave para aumentar os rendimentos.

Nos últimos anos, o sonho de ser dono do próprio negócio conquistou ainda mais espaço no coração dos brasileiros. Hoje, ele já é o segundo mais citado pela população adulta — perdendo apenas para o desejo de viajar pelo país.
Uma pesquisa inédita realizada pelo Sebrae mostra que quase 70% (68%) dos 29 milhões de empreendedores brasileiros — formais e informais — têm uma renda de até 2 salários-mínimos. Para muitos, abrir o próprio negócio não é apenas uma escolha profissional, mas também uma forma de garantir o sustento e criar novas oportunidades de vida.
Segundo o levantamento, feito com base em dados da PNAD, cerca de 20 milhões de brasileiros estão nessa faixa de rendimento. A pesquisa também revelou que o faturamento aumenta à medida que o empreendedor busca mais conhecimento e capacitação.
“Os pequenos empresários são como formiguinhas que trabalham sem parar, movimentando bairros, comunidades e cidades. São eles que fazem a economia girar, mesmo enfrentando desafios todos os dias”, afirma Décio Lima, presidente do Sebrae.
Hoje, os pequenos negócios têm um peso enorme na economia: representam 95% das empresas do Brasil e são responsáveis por cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o Sebrae, investir em capacitação é um caminho comprovado para ampliar mercados e melhorar o desempenho financeiro das empresas.
“O papel da Contabiliza MEI é estar ao lado do empreendedor durante toda a sua trajetória. É uma missão permanente, que exige ações contínuas para formar e fortalecer quem decide empreender”, destaca Válter Zimmermann.
A pesquisa também mostra que, mesmo com todas as possibilidades de crescimento, nem todos os empresários têm o objetivo de expandir. Muitos preferem manter o negócio pequeno, priorizando estabilidade e um estilo de vida mais simples, mesmo que isso signifique um faturamento menor.
Segundo o Sebrae, o empreendedorismo vai muito além de abrir uma empresa — ele pode ser um instrumento de transformação social, ampliando o acesso a oportunidades e contribuindo para uma sociedade mais inclusiva. “O importante é que o empreendedor perceba que, mesmo começando pequeno, ele pode se tornar um gerador de renda”, diz Lima.
Os dados revelam ainda alguns recortes importantes: 36% das mulheres empreendedoras estão na faixa de até 2 salários-mínimos, 45% possuem até o ensino fundamental completo e 59% são negros. Esses números evidenciam a diversidade do empreendedorismo brasileiro e reforçam a importância de políticas de apoio e capacitação para todos os perfis.
Para quem está começando, a lição que fica é clara: buscar conhecimento, planejar o negócio e aproveitar as oportunidades de capacitação pode ser o passo decisivo para sair da faixa de menor rendimento e alcançar um futuro mais próspero.





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